Uso neoliberal del territorio y condenados de la tierra: permanencia de la situación de injusticia y desigualdad en el tiempo-espacio brasileño
DOI:
https://doi.org/10.33237/2236-255X.2024.6314Palabras clave:
Colonialidad, Formación histórico-territorial, Espacio vacío, R-existencia, BrasilResumen
El principal objetivo de este escrito es discutir el uso neoliberal – tendencia reactivada por la dinámica actual del capitalismo – del territorio brasileño, no sólo expandiendo, sino, al mismo tiempo, agravando la condición de condenados y condenadas de la tierra a personas pertenecientes a pueblos indígenas, africanos esclavizados, ribereños y sus descendientes. A la luz del enfoque crítico de la geografía, que estudia la sociedad a través de la categoría de territorio utilizado permanentemente en el ámbito del proceso histórico global, utilizamos notablemente los procedimientos metodológicos de revisión de literatura y la superposición de mapas diseñados para representar los fenómenos aquí discutidos, en su transversalidad. Esta elección se hizo debido a su relevancia para entender el espacio como una totalidad compleja en permanente movimiento histórico. La continuidad de la colonialidad del poder y del saber, basada en el eurocentrismo, ha contribuido al mantenimiento de injusticias y desigualdades sociales en el tiempo-espacio brasileño, condenando a esos pueblos a la condición de subciudadanía y negación, a pesar de los logros sociales en términos de emancipación que se produjo durante el transcurso del movimiento histórico. Sin embargo, la sociedad civil ha aprovechado las grietas del sistema capitalista colonial-moderno-racista, algunas de las cuales permanecen y/o son abiertas por los condenados de la tierra, para volver a existir en la búsqueda de la construcción de otra racionalidad capaz de rescatar a la humanidad perdida.
Descargas
Citas
ALEGO. 2023. Combate ao trabalho escravo. Disponível em: https://portal.al.go.leg.br/noticias/1294/combate-ao-trabalho-escravo Acesso: 24/06/2024
ALVES, Vicente Eudes Lemos. Expansão do agronegócio e os impactos socioambientais na Região de Cerrados do Centro-Norte do Brasil (MATOPIBA). Confins: Revue franco-brésilienne de géographie, n. 45, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.4000/confins.28049 Acesso: 17/10/2024
BARROS, L. 2023. Movimento indígena é o movimento social mais organizado no país hoje. Brasil de Fato, 19 abril 2023. Disponível em: https://brasildefato.com.br/2023/04/19/movimento-indigena-e-o-movimento-social-mais-organizado-no-pais-hoje-defente-pesquisador Acesso: 22/06/2024
BRANDÃO, R. J. A; DE CASTILHO, C. J. M; DE MORAIS, H. A. Modern agriculture in the Cerrado Biome: continuing the disrespect of nature. Journal of Hyperspectral Remote Sensing, v. 7, nº 3, pp. 134-149, 2017. Acesso: 21/10/2024.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Congresso Nacional, 1989.
CASTILHO, C. J. M. de. Territórios violados, resistências e massacres de povos e pobres na história do Brasil – mas a luta continua. Boletim goiano de geografia, v. 40, p. 1-25, 2020.
CASTILHO, C. J. M. de. Uso capitalista do território e sofrimento da classe trabalhadora na cidade. In: SANTOS, Antônio Hélton Vasconcelos dos; NASCIMENTO, Maria Manuela Pereira do; PONTES, B. A. N. M. (org). Ciências ambientais em foco: olhares para a sustentabilidade. Ananindeua-PA: Itacaiúnas, 2023. p. 1-130
CIMI. 2008. Movimento e organização indígena no Brasil. Disponível em: https://cimi.org.br/2008/07/27614 Acesso: 22/06/2024.
DUSSEL, E. El encubrimiento del outro. Buenos Aires: Docencia, 2012. 250p.
ESCRAVO, nem pensar. O trabalho escravo no Brasil. Disponível em: https://escravonempensar.org.br/o-trabalho-escravo-no-brasil/ Acesso em: 27/06/2024.
FANON, F. Os condenados da terra. Rio de Janeiro: Zahar, 2022[1961]. 374p.
FREYRE, G. Nordeste. Aspectos da influência da cana sobre a vida e a paisagem no Nordeste do Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio editora, 1985. 203p.
GALEANO, E. As veias abertas da América Latina. Porto Alegre: L&PM, 2021[1970]. 344p.
GUERRA, A. T. Dicionário geológico-geomorfológico. Rio de Janeiro: IBGE, 1987.
HOLANDA, S. B. de. Raízes do Brasil. 26 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. 220p.
KRENAK, A. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019. 34p.
MARIÁTEGUI, J. C. 7 ensayos de interpretación de la realidad peruana. Caracas: Fundación Biblioteca Ayacucho, 2007. 348p.
MARTINS, J. de S. Não há terra para plantar neste verão. O cerco das terras indígenas e das terras de trabalho no renascimento político do campo. Petrópolis: Vozes, 1986. 103p.
MIGNOLO, W. D. Colonialidade: o lado mais escuro da modernidade. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 32, n. 94, julho/2017.
MORAES, A. C. R. Meio ambiente e ciências humanas. São Paulo: editora Hucitec, 1997. 100p.
MOURA, C. Rebeliões da senzala. São Paulo: Lech Livraria Editora Ciências Humanas LDTA, 1981. 282p.
MOURA, C. Racismo e luta de classes no Brasil. Brasil: Editora Terra Sem Amos, 2020. 48p.
NABUCO, J. O abolicionismo. Brasília: Edições do Senado Federal, 2003[1883]. 214p.
PORTO-GONÇALVES, C. W. A reinvenção dos territórios: a experiência latino-americana e caribenha. In: COCEÑA, A. E. (org). Los desafios de las emancipaciones en un contexto militarizado. Buenos Aires, Clacso – Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, 2006. Disponível em: http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/clacso/gt/20101019090853/6Goncalves.pdf Acesso em: 25 jul. 2023.
PRESIDENTE DE PORTUGAL fala em reparação ao Brasil por escravidão. O Globo, 25 abril 2024. Mundo. Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/04/25/presidente-de-portugal-fala-em-reparacao-ao-brasil-por-escravidao-entenda-o-que-significa-na-pratica.ghtml Acessado em: 20 de junho de 2024.
PRADO JÚNIOR, C. Formação do Brasil contemporâneo. Colônia. São Paulo: Brasiliense, 1983. 390p.
QUIJANO, A. 2005. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: Clacso – Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales (org). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires. Clacso. Disponível em: http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/clacso/gt/20101019090853/6Goncalves.pdf Acesso em: 25 jul. 2023.
RIBEIRO, D. O povo brasileiro. A formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. 477p.
RIBEIRO, D. Teoria do Brasil. Rio de Janeiro: Fundação Darcy Ribeiro, 2013. 116p.
ROCHA, G. e BRANDÃO, A. Trabalho escravo contemporâneo no Brasil na perspectiva da atuação dos movimentos sociais. R. Katálysis, Florianópolis, v. 16, n. 2, p. 196-204, jul./dez. 2013. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rk/a/p35JR3swm56rQbZDZ44TspN/?lang=pt
SANTOS. M. O espaço do cidadão. São Paulo: Nobel, 1987. 142p.
SANTOS, Milton. As cidadanias mutiladas. In: PIÑON, Nélida et al. (org). O preconceito. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 1996/1997.
SANTOS, M. A natureza do espaço. Técnica e tempo. Razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1997. 308p.
SANTOS, M. & SILVEIRA, M. L. O Brasil. Território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001. 471p.
SCARPARO, A. 2023. Movimento indígena: indígenas em movimento. Disponível em: https://site.tucumbrasil.com/movimento-indigena/ Acesso: 24/06/2024.
SCHWARCZ, L. M., STARLING, H. M. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. 694p.
SEGATO, R. L. La crítica de la colonialidad en ocho ensayos y una antropología por demanda. Buenos Aires: Prometeo Libros, 2013. 293p.
SOUZA, Jessé. A elite do atraso: da servidão à lava Jato. Rio de Janeiro: Leya, 2017. 140p.
VALVERDE, O. Carajás. Planejamento da destruição. Rio de Janeiro: Forense universitária, 1989.
WALSH, Catherine. Notas pedagógicas desde las grietas decoloniales. Clivajes. Revista de Ciencias Sociales, ano II, n. 4, p. 1-11, 2015.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Revista Geotemas
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Los autores que envían sus manuscritos a Geotemas declaran que el trabajo es un artículo original y no ha sido enviado para su publicación, total o parcial, en otra revista científica nacional o internacional o en otro vehículo de circulación. Los autores también declaran que están de acuerdo con la transferencia de los derechos de autor del artículo referido a la revista Geotemas (Universidad del Estado de Rio Grande do Norte), permitiendo publicaciones posteriores, siempre y cuando la fuente de su publicación esté asegurada. Finalmente, asumen la responsabilidad pública del artículo, conscientes de que cualquier cargo que surja de un reclamo de terceros con respecto a la autoría del trabajo puede aplicarse a ellos.