A SAÚDE DE MULHERES NEGRAS LÉSBICAS E OS DESAFIOS NO ACESSO AOS SERVIÇOS BRASILEIROS
DOI:
https://doi.org/10.59776/2764-9970.2023.5064Palavras-chave:
Direito Sanitário, Assistência Integral à Saúde;, Pessoas LGBTQIAResumo
O Brasil, desde o seu processo de colonização, recebeu influências cul-
turais da população portuguesa, incluindo os costumes do conservado-
rismo, marginalizando assim, várias camadas populares que fugiam dos
padrões estabelecidos, incluindo as mulheres negras e lésbicas, o que
prejudicou a garantia de seus direitos humanos, como o direito à saúde.
Este artigo possui como finalidade realizar uma pesquisa bibliográfica dos
principais estudos brasileiros sobre o acesso à saúde por parte das mu-
lheres negras lésbicas. Foram utilizadas as bases Literatura Latino-Ame-
ricana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Biblioteca Eletrônica
Científica Online (SCIELO) para a consulta dos estudos, assim como o uso
de descritores “Saúde das Minorias Étnicas”, “Minorias Sexuais e de Gêne-
ro” e “Saúde da Mulher Negra”, após consulta nos Descritores em Ciências
da Saúde (DeCS), ao final, foram estabelecidos critérios de inclusão e ex-
clusão para melhor seleção. Como resultado, selecionaram-se 11 estudos,
no qual evidenciaram que apesar das conquistas políticas, ainda estão
presentes nas instituições públicas, como as Unidades Básicas de Saúde
(UBS) e os grandes hospitais, condutas racistas e homofóbicas por parte
dos profissionais envolvidos, principalmente no atendimento ginecológi-
co, pois o cuidado à saúde das mulheres ainda se mantêm centralizado
na lógica reprodutiva e, com isso, questões relativas à orientação sexual
não têm sido consideradas na rotina do profissional ginecologista. Assim,
é ressaltada a necessidade de educação continuada aos profissionais da
saúde, para um atendimento humanizado.