Permitir que incluya la geografia en tus consideraciones
DOI:
https://doi.org/10.33237/2236-255X.2021.3106Palabras clave:
Edward Saïd, supresión de la geografía, supresión de la historiaResumen
El tema indefinido del título de este artículo es el yo lírico que dialoga con el fallecido profesor Edward Saïd, en una propuesta que se mueve entre la antropología y la geografía. Internacionalmente famoso por proponer reflexiones sobre debates interculturales, especialmente aquellos vinculados a la dicotomía que involucra el choque entre Occidente y Oriente, Edward Saïd estableció cuatro dogmas para aludir a lo que sustenta las formulaciones orientalistas. Además del choque entre Oriente y Occidente, los dogmas orientalistas sirven a cualquier choque intercultural, aunque, en algunas especificidades, algunos dogmas pueden resultar más expresivos que otros. Entre los dogmas de Saïd, está la fuerza de la supresión de la experiencia histórica, que es el desprecio de los efectos de la identidad y el dinamismo cultural sometidos al tiempo atomista en movimiento. No obstante, nos molesta un énfasis más distante en la supresión de la geografía, entendida como formulaciones que unen lo espacialmente separado y separan lo espacialmente inseparable.Tomando como préstamo las reflexiones del crítico literario de origen palestino, el artículo en cuestión penetra en los dominios de lo tácito al proponer una interfaz estricta entre los escritos de Saïd y la espacialidad. El objetivo de este artículo es presentar cómo se produce la supresión de la geografía, concebida como un dogma ausente en la tipología de Saïd. Para ello, trabajaremos hermenéuticamente los dogmas del orientalismo, que sintetizan poderosamente los argumentos del magnus opus de Saïd.
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