OLHARES: A VANGUARDA DUCHAMPIANA COMO TRADUÇÃO DO CORPO

Autores

  • Adriana Carolina Hipólito de Assis
  • Marcos José Müller

Palavras-chave:

Corpo Poético, M. Duchamp, Octavio Paz, Poesia Concreta

Resumo

O olhar anuncia para além do campo fenomenológico a crí­tica e a arte como tradução. O corpo estético vanguardista de Marcel Duchamp ganhou mundialmente força ao reatualizar a tradição poética com ironia, com paródia, com pastiches retirados de seus espaços habituais. O museu perde a aura e a arte se reconstrói como réplica da grande comédia da vida privada. O olhar se virtualiza diante da vitrine, do Carrefour de colagens, todos (clássico e popular) enfileirados na mesma prateleira: Bombril vendido por Monalisa. O olhar do ensaí­sta mexicano Octávio Paz, assim como da poesia concreta, sobre esse contexto é um olhar que buscou traços de semelhança com a vanguarda duchampiana com intuito de marcar a crí­tica e a poética latina dentro da ruptura dos readymades como proposta de liberdade e de transgressão estética.

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Biografia do Autor

Adriana Carolina Hipólito de Assis

Mestra em Literatura e Crí­tica Literária pela Pontifí­cia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Doutoranda em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Marcos José Müller

Doutor em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professor Adjunto da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

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Publicado

2015-12-31

Como Citar

ASSIS, A. C. H. de .; MÜLLER, M. J. . OLHARES: A VANGUARDA DUCHAMPIANA COMO TRADUÇÃO DO CORPO. COLINEARES, Mossoró, Brasil, v. 2, n. 2, p. 224–248, 2015. Disponível em: https://periodicos.apps.uern.br/index.php/RCOL/article/view/109. Acesso em: 29 jun. 2024.