CANTORIA E POESIA ORAL: A RESISTÊNCIA DA CULTURA POPULAR

Autores

  • Francisco Jairo Silva Paiva
  • Raimundo Leontino Leite Gondim Filho

Palavras-chave:

Cantoria nordestina, Poesia oral, Literatura popular

Resumo

Este trabalho traz uma análise descritiva dos principais estilos da cantoria nordestina, que, como o trovadorismo, perí­odo literário europeu, possui uma composição poética de versos organizados em rima e métrica. Afirmando que suas principais caracterí­sticas são o improviso de repente e o desafio de cantadores, mostra as diferentes maneiras de produzir estrofes, com disposição de rima e métrica – e, mesmo que de longe, melodia, já que esta influencia na métrica de estrofes diversas – diferentes em cada uma delas. O foco é defender a literatura popular regional, por meio da poesia oral, de modo que não seja esquecida e/ou ignorada como está acontecendo. Como o cantador é um artista e possuidor do conhecimento da sua arte através da convivência e da prática, deve ser valorizado, pois transmite uma visão de mundo da forma popular que as pessoas o enxergam. Resulta de pesquisas, entrevistas e conhecimento existencial que eu exercito como poeta popular de produção poética limitada. Com base neste relato, utilizamos conceitos de Tersariol (1981), Sautchuk (2009), Tavares (2006), entre outros que tratam da literatura de cordel, associando-a à cantoria, já que ambas são interligadas. Através do conhecimento da cantoria como poesia popular, pode-se adquirir uma visão mais crí­tica, comparando-a à poesia erudita, pois motiva ao interesse pela análise de conteúdo, já que seus estilos possuem uma estrutura complexa.

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Biografia do Autor

Francisco Jairo Silva Paiva

Graduando em Letras pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).

Raimundo Leontino Leite Gondim Filho

Doutor em Estudos Literários pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp). Professor Adjunto IV da UERN.

Referências

MELO, Verí­ssimo de. Literatura de Cordel – visão histórica e aspectos principais. In: LOPES, José de Ribamar (org.). (1982). Literatura de Cordel – antologia. 2. ed. Fortaleza: BNB, 1983, p. 3-52. 704p.
OLIVEIRA, Carlos Jorge Dantas de. (2012). A formação da literatura de cordel brasileira. Tese (Doutorado em Teoria da Literatura e Literatura Comparada). Faculdade de Filologia, USC, Santiago de Compostela. 381f.
SAUTCHUK, João Miguel Manzolillo. (2009). A poética do improviso: prática e habilidade no repente nordestino. Tese (Doutorado em Antropologia). Instituto de Ciências Sociais, UnB, Brasí­lia. 214f.
TAVARES, Braulio. (2006). O flautista misterioso e os ratos de Hamelin. 1. ed. São Paulo: Ed. 34, 2006. 80p. (Coleção Infanto-Juvenil). ISBN 85-7326-346-6.
TERSARIOL, Alpheu. (1980). Panorama da literatura Luso-Brasileira. 4. ed. João Pessoa: SOLIBRAL, 1981. 216p.

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Publicado

2016-06-30

Como Citar

PAIVA, F. J. S. .; GONDIM FILHO, R. L. L. CANTORIA E POESIA ORAL: A RESISTÊNCIA DA CULTURA POPULAR. COLINEARES, Mossoró, Brasil, v. 3, n. 1, p. 86–105, 2016. Disponível em: https://periodicos.apps.uern.br/index.php/RCOL/article/view/119. Acesso em: 6 jul. 2024.