MULHERES INDÍGENAS NA POLÍTICA CONTEMPORÂNEA: DISCURSO, PODER E SUBJETIVIDADE

Autores/as

  • Deymison Iago Cortez da Silva Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)
  • Francisco Paulo da Silva Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)

Palabras clave:

Mulheres indígenas, Política, Discurso, Poder, Subjetividade

Resumen

Com base na orientação da Análise de Discurso que parte das práticas discursivas para explicar a produção sócio-histórica dos sentidos, o presente artigo tem como objetivo analisar os discursos que envolvem a mulher indígena na política contemporânea na produção da sua subjetividade. Para isso, utilizamos como corpus principal de análise alguns trechos de uma entrevista dada por Sônia Guajajara ao jornal Brasil de Fato – MG, observando o funcionamento das relações saber-poder, conforme reflexões de Michel Foucault. Através da análise, foi possível constatar que, em pleno século XXI, ainda circulam discursos influenciados por posições machistas e patriarcais que dificultam a participação da mulher na política. Tais discurso consideram que a mulher não nasceu para exercer funções sociais importantes, posição que se agrava quando se trata da mulher de origem indígena.  Entretanto, a mulher nativa expõe uma trajetória de luta e resistência ao longo da sua vida política, contrariando os referidos discursos e produzindo novas subjetividades a seu favor, como demonstra a atuação de Sônia Guajajara no cenário político brasileiro.

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Biografía del autor/a

Deymison Iago Cortez da Silva, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)

Graduado em Letras com habilitação em Língua Portuguesa e suas respectivas Literaturas (2016), pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Especialista em Estudos Linguísticos e Literários (2019), pela Universidade Cândido Mendes, e em Produção Textual (2021), pela Faculdade Venda Nova do Imigrante. Cursa mestrado acadêmico em Ciências da Linguagem, pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, tendo como linha de pesquisa a relação discurso, poder e a produção de subjetividades em práticas discursivas contemporâneas. 

Francisco Paulo da Silva, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)

Professor Adjunto do Departamento de Letras Vernáculas, da Faculdade de Letras e Artes, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Docente colaborador do Programa de Pós-Graduação em Letras - PPGL/ Mestrado em Letras, da UERN e membro permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Linguagem - PPCL/UERN. Líder do Grupo de Estudos do Discurso da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - (GEDUERN). 

Citas

DUTRA, Juliana Cabral de O.; MAYORGA, Cláudia. Mulheres indígenas em movimentos: possíveis articulações entre gênero e política. In: Psicologia: Ciência e Profissão, v. 39, p. 113-129, 2019.

FOUCAULT, Michel. "A sociedade punitiva" In: FOUCAULT, Michel. Resumo dos cursos do Collège de France. Tradução de Andréa Daher e Roberto Machado. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997, p. 25-44.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Organização e tradução de Roberto Machado. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1993.

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Publicado

2022-06-30

Cómo citar

SILVA, D. I. C. da .; SILVA, F. P. da. MULHERES INDÍGENAS NA POLÍTICA CONTEMPORÂNEA: DISCURSO, PODER E SUBJETIVIDADE. COLINEARES, Mossoró, Brasil, v. 9, n. 1, p. 67–74, 2022. Disponível em: https://periodicos.apps.uern.br/index.php/RCOL/article/view/4637. Acesso em: 11 jul. 2024.

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