REPRESENTAÇÕES FEMININAS EM TRÊS CONTOS DE TEMPO DAS FRUTAS, DE NÉLIDA PIÑON

Autores/as

Palabras clave:

Tempo das frutas, Nélida Piñon, Representações femininas

Resumen

No presente trabalho discutiremos os arquétipos femininos que aparecem em três contos de Tempo das frutas, produção literária de Nélida Piñon. Nas narrativas encontramos mulheres que desconstroem os estereótipos femininos preconizados pela sociedade patriarcal e corporifica outros aspectos relacionados à sua emancipação. Abordaremos como o conceito de representação social foi construí­do ancorado no imaginário social, já que a representação é um saber simbólico e classificativo, com objetivo prático. Para isso, usaremos os postulados de Joan Scott, Denise Jodelet, Susana Bornéo Funck, Mireya Suarez, Lourdes Bandeira, Cláudia de Jesus Maia, Leonardo Turchi Pacheco, Regina Célia Caleiro, dentre outros(as) autores(as) que tematizam o assunto. Portanto, discutiremos como Nélida Piñon, em Tempo das Frutas, desnaturaliza e desmitifica, por meio de um discurso subversivo, as representações sociais construí­das pelo modelo patriarcal que idealiza e "naturaliza" as mulheres como passivas, dóceis e indefesas.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Ilmar Rodrigues Fernandes

Mestre em Letras pela Unimontes. Professor da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) .

Telma Borges Silva

Doutora em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professora da Unimontes.

Citas

ALMEIDA, Rosemery de Oliveira (2001). Mulheres que matam: universo imaginário do crime feminino. Rio de Janeiro: Relume Dumará.
ASSIS, Elma Carolina Gomes de. (2008). Vozes múltiplas em I love my husband de Nélida Piñon. Dissertação (Mestrado em Letras). Universidade Católica de Goiás, Goiânia,143 f.
BELMIRO, Célia Abicalil (2002). Imagens de professoras em narrativas no cinema e na literatura. In: DUARTE, Eduardo de Assis et al (Orgs.). Gênero e representação: teoria, história e crí­tica. Belo Horizonte: Pós-graduação em Letras: Estudos Literários, UFMG. v. 1. p. 295-304.(Coleção Mulheres e Literatura).
CHEVALIER, Jean; GHEERBRANT, Alain (1906). Dicionário de sí­mbolos. Trad. Vera da Costa e Silva et al. 26. ed. Rio de Janeiro: José Olí­mpio, 2012.
DUARTE, Constância Lima. Feminismo e desconstrução: anotações para um possí­vel percurso. In: DUARTE, Eduardo de Assis et al (Orgs.). Gênero e representação: teoria, história e crí­tica. Belo Horizonte: Pós-graduação em Letras: Estudos Literários, UFMG, 2002.v. 1. p. 273-282. (Coleção Mulheres e Literatura).
DUBY, Georges; PERROT, Michelle (Orgs.). História das mulheres no Ocidente: o século XX. Porto: Edicções Afrontamento, 1995. p. 7.
FUNCK, Susana Bornéo Funck. O jogo da representação. In: BRANDíO, Izabel;
MUZART, Zahidé (Orgs.). Refazendo nós – Ensaio sobre mulher e literatura. Florianópolis: Editora Mulheres, EDUNISC, 2003. p. 475-481.
HUTCHEON, Linda. Teoria e polí­tica da ironia. Trad. Júlio Jeha. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2000.
JODELET, Denise. As representações sociais. Rio de Janeiro: UER, 2001.
JOHSSON, Richard. O que é, afinal, Estudos Culturais? 2. ed. Trad. e org. Tomaz Tadeu Silva. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
LOURO, Guacira Lopes. Magistério de 1º grau: um trabalho de mulher. Revista Educação e Realidade, n.14, p.31-39, 1989.
LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pósestruturalista. 4. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1997.
MAIA, Cláudia de Jesus et al. Entre ironias e deboches: representações sobre a violência das Mulheres no Diário de Montes Claros na década de 1970. In: OPSIS, v. 13, n. 1. Janeiro/junho, 2003.
MUNIZ, Diva do Couto Gontijo. Sobre as professoras de "antigamente" que eram "feias" e "usavam óculos". In: Labrys, estudos feministas. n. 1-2, p. 1-19. Julho/ dezembro, 2002. Disponí­vel em: http://www.tanianavarroswain.com.br/labrys/labry.htm. Acesso em: 26 de out. 2013.
OLIVA, Osmar Pereira et al.. A representação do feminino – a irmã como mediadora na construção da identidade masculina em "Fraternidade", de Nélida Piñon. In: OLIVA, Osmar Pereira (Org.). Corpo e mito: ensaios sobre o conto brasileiro contemporâneo. Montes Claros: Editora Unimontes, 2010. p. 23-35.
PERRONE-MOISÉS, Leyla. Promessas, encantos e amavios. In: Flores na escrivaninha: Ensaios. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.
PIÑON, Nélida. O gesto da criação: sombras e luzes. In: PEGGY, Sharpe (Org.). Entre resistir e identificar-se: para uma teoria da prática da narrativa brasileira de autoria feminina. Florianópolis: Ed. Mulheres; Goiânia: Ed. da UFG, 1997. p. 81-94.
PIÑON, Nélida. Tempo das frutas. Rio de Janeiro: Record, 1997.
RAGO, Margareth. Feminismo e subjetividade em tempos pós-modernos. In: COSTA, Cláudia Lima et al. Poéticas e polí­ticas feministas. Florianópolis: Editora Mulheres, EDUNISC. p. 31-41.
RUBIN, Gayle (1993). O tráfico de mulheres. Notas sobre a "˜Economia Polí­tica"™ do sexo. Trad. Christine Rufino Dabat et al. Recife: S.O.S Corpo. Disponí­vel em: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/1919. Acesso em: 05 de nov. de 2013.
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. In: Educação e realidade. Trad. Guacira Lopes Louro. Porto Alegre, 1995. p. 71-99. Disponí­vel em: www.direito.caop.mp.pr.gov.br/arquivos/File/SCOTTJoanGenero.pdf. Acesso em: 05 de dez. de 2013.
SUAREZ, Mireya; BANDEIRA, Lourdes (Orgs.). Introdução a gênero, violência e crime no Distrito Federal. In: Violência, gênero e crime no Distrito Federal. Brasí­lia: Paralelo 15. p. 16-27
SWAIN, Tânia Navarro (Org.). A invenção do corpo feminino ou "a hora e a vez do nomadismo identitário?" In: Textos de história: Revista do Programa de Pósgraduação em História da UnB. 7. ed. Brasí­lia: UnB, v. 8, n. 1/2, p. 47-82, 2000.

Publicado

2014-12-31

Cómo citar

FERNANDES, I. R. .; SILVA, T. B. . REPRESENTAÇÕES FEMININAS EM TRÊS CONTOS DE TEMPO DAS FRUTAS, DE NÉLIDA PIÑON. COLINEARES, Mossoró, Brasil, v. 1, n. 2, p. 27–50, 2014. Disponível em: https://periodicos.apps.uern.br/index.php/RCOL/article/view/83. Acesso em: 24 nov. 2024.

Número

Sección

Belas Letras