“Ensino de filosofia”:
uma questão para a formação de professores de filosofia
DOI:
https://doi.org/10.25244/1984-5561.2023.5734Palavras-chave:
Ensino de filosofia, Formação de professores, Projeto PedagógicoResumo
A presença da filosofia no ensino médio impulsiona pesquisas e práticas sobre a especificidade do seu ensino. Uma das lições que repetimos com Cerletti (2009) é que nossas estratégias didáticas decorrem da concepção que temos de filosofia ou como nos ensina Capaner (apud Araújo e Ceppas, 2017, p. 62) “Ao escolher o modo como vamos ensinar (as estratégias didáticas), assumimos uma concepção de filosofia. Não é possível, portanto, fazer escolhas de conteúdo e de didática separadamente”. Desse modo, é necessário pensar, a partir da questão “o que é filosofia?”, “como” ensinar filosofia na escola e, principalmente, “como” os/as estudantes a aprendem em salas de aula do ensino médio. Esta direção e tendência para o pensar, deveria encontrar nos cursos de formação de professoras e professores de filosofia, seja na licenciatura e agora no Mestrado Profissional em Filosofia-PROF-FILO, o solo a partir do qual se desenvolver. No que segue, entretanto, pretendemos explorar os Projetos Pedagógicos de Curso-PPC da Licenciatura em Filosofia do Campus Caicó da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte-UERN e verificar, a partir da nossa prática e vivência como professor formador de professoras e professores de filosofia, o que tentamos fazer para que o ensino de filosofia se tornasse, como questão propriamente filosófica, tema de pesquisa dos Trabalhos de Conclusão de Curso-TCC e permanecesse como fim para o qual a Prática Pedagógica (Estágio Supervisionado e a Prática dos Componentes Curriculares) se direciona.
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Referências
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