Reflexões sobre a Associação dos Geógrafos Brasileiros: alguns apontamentos sobre a AGB Potiguar
Palavras-chave:
Associação dos Geografos brasileiros, Rio Grande do Norte, GeografiaResumo
O contexto de institucionalização da ciência geográfica brasileira possuiu a década de 1930 como um grande ponto de inflexão, com a criação dos primeiros cursos de Geografia no Brasil no referido período, em São Paulo e no Rio de Janeiro, a partir do ingresso de profissionais estrangeiros atuantes na ciência geográfica, em especial os franceses, conduziu, apesar de um viés inicialmente tradicional e distante da realidade, a possibilidade de produzir uma Geografia efetivamente brasileira. Com a constituição da Associação dos Geografos Brasileiros – AGB, também nos anos 1930, há a consolidação deste processo, num processo de congregação da comunidade científica geográfica no Brasil. Esse processo se torna mais difundido com as mudanças na Geografia brasileira e na AGB após 1978, advindos da ascensão do movimento crítico, com a maior difusão e pluralidade do pensamento geográfico brasileiro, representada pelas diferentes Seções locais, como as potiguares, as quais contribuiram para o aprofundamento das discussões geográficas no Rio Grande do Norte e no Brasil. Deste modo, como será visto no presente artigo, ao discutir e refletir sobre a formação do pensamento geográfico brasileiro, torna-se evidente que a Associaçãoos Geógrafos Brasileiros – AGB possuiu relevante papel para a consolidação do pensamento geográfico potiguar e brasileiro, pois correspondeu a um importante espaço de representatividade e aprofundamento dos diferentes conhecimentos que edificaram a Geografia brasileira.
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Referências
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