A GEOGRAFIA E A IMPLEMENTAÇÃO DOS ESTUDOS SOCIAIS NO CURRICULO: UMA ANÁLISE A PARTIR DA LEI 5.692/71
DOI:
https://doi.org/10.26704/pgeo.v2i2.782Palavras-chave:
Currículo, Geografia escolar, Estudos Sociais.Resumo
A Geografia escolar no Brasil, em determinados períodos da história, foi concebida como um importante instrumento disseminador de ideais nacionalistas, pensada para formar os chamados cidadãos patriotas. Durante a década de 1970, período marcado pela Ditadura Militar (1964-1984), essa concepção se torna ainda mais evidente, uma vez que, era imprescindível que o sentimento nacional estivesse cada vez mais entranhado na vida e comportamento das pessoas. O presente trabalho é resultado da pesquisa desenvolvida durante a graduação, concretizada através do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), e tem por objetivo analisar as transformações curriculares na educação básica a partir da implementação dos Estudos Sociais, após a Lei 5.692/71, e suas consequências para a Geografia. Como procedimento metodológico, fizemos uma análise da legislação a que se remete esta pesquisa, a Lei 5.692/71, de 11 de agosto de 1971 (LDB de 1971), que dentro dos seus limites, foi responsável por fixar Diretrizes e Bases para o ensino de 1° e 2º graus. Dessa forma, apresentamos discussões sobre currículo e a Geografia escolar, utilizando como base teórica autores como Carvalho (1970); Conti (1976); Lacoste (1988); Pontuschka, Paganelli e Cacete (2009); e Albuquerque (2004). Diante dessa pesquisa, compreendemos que o currículo dos Estudos Sociais proposto, sua estrutura e divisão de conteúdos revelam mais uma vez a constante busca de legitimação por parte de um governo que viu em disciplinas como a Geografia e a História, e até mesmo na própria ideia dos Estudos Sociais, uma oportunidade para a disseminação de seus ideais nacionalistas.