2666 – "A PARTE DOS CRIMES": CÂNONE, O ROMANCE CRIMINAL COMO PARTE DA CONSTRUÇÃO DE UM TERRITÓRIO IMAGINÁRIO NA FRONTEIRA MEXICANA
Palavras-chave:
Romance policial, Cânone, Roberto BolañoResumo
Esse artigo inicia com uma questão levantada por Leela Gandhi (1998, p. 01-03): existe uma produção acadêmica com poucos consensos e proposições? Pergunta que ela mesma responde, dizendo que os intelectuais são agentes fundamentais para o "contraataque libertário e que precisam aliar teoria e prática e deixar de lado os empoeirados compêndios e assumir que falam para um número pequeno de interlocutores. Essa reflexão de Gandhi auxilia para trazer à tona outra questão: os gêneros narrativos, entendidos como de cultura de massa (romance policial, romance noir, folhetim, entre outros) podem aspirar um lugar dentro do âmbito acadêmico? Serem estudados com tal seriedade que venham fazer parte do que os intelectuais entendem por cânone? As ambiguidades e ambivalências e o desejo de solidariedade social é uma das pretensões apresentadas por Roberto Bolãno, através do seu narrador, no seu livro 2666, mas especificamente no capítulo "A parte dos crimes" a qual apresento como ensaio, sabendo que cabe ainda muito que pensar e discutir.
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