ENSAIAR A RESTITUIÇÃO DA EXPERIÊNCIA NA FORMAÇÃO DOCENTE PELO ESPAÇO ESCOLAR NAS CONFLUÊNCIAS DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM GEOGRAFIA
DOI:
https://doi.org/10.26704/pgeo.v8i1.6484Palavras-chave:
Espaço escolar, Estágio supervisionado, Formação docente em geografiaResumo
O presente artigo versa sobre o espaço escolar como dimensão central na possibilidade de restituição da experiência na formação docente, desde uma aposta na confluência Universidade-escola no estágio supervisionado. Para nos aproximarmos desse objetivo, mobilizamos referencial teórico que trata do empobrecimento e expropriação da experiência no contexto da sociedade contemporânea e da educação implicada. Nos valemos, para este fim, das elaborações de Benjamin (1996), Agamben (2005) e Larrosa (2002; 2017). No que tange a produção do lugar-escola como horizonte para possibilidades de experiências formativas docentes, mobilizamos referenciais de Massey (2012), Azanha (2011) e Carlos (1996). Para contemplar teoricamente e metodologicamente o momento do estágio supervisionado em Geografia, nos apoiamos em Bezerra e Lopes (2022) e Bonomo (2022; 2023). O estudo aciona a rememoração de experiências de estagiários e estagiárias em geografia e suas narrativas desde a escolhas de temáticas de pesquisa ao longo do curso desse componente curricular, configurando o caminho metodológico percorrido de investigação na formação docente. As narrativas evidenciaram um desdobrar-se sobre/com o lugar-escola como vereda para suspensão da mera descrição, informação ou opinião, no horizonte da superação da sua simples vivência, posicionando trajetórias formativas de professoras e professoras, entre a programação e irrupção, entre a alienação e a insurgência, tecendo sentidos de práxis coletiva para uma dimensão pública da educação em geografia.
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