A CENTRALIDADE ESPACIAL DA EDUCAÇÃO ESCOLAR NA DÉCADA DE 1930: O COLEGIO PEDRO II E O CENTRO DO RIO DE JANEIRO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26704/pgeo.v8i1.6574

Palavras-chave:

Centralidade, Escola, Espaço

Resumo

O presente artigo tem o propósito de mostrar como a educação passa a ganhar destaque, principalmente na década de 1930, a partir de dois fenômenos fundamentais : a Exposição de Arquitetura Escolar e o movimento da Cruzada Nacional de Educação. A partir de uma análise multiescalar, torna-se possível articular os dois fenômenos a um debate espacial e geográfico. Enquanto a arquitetura escolar enfatiza o espaço da escola, a Cruzada busca consagrar-se como movimento nacional, pontilhando o território brasileiro com escolas para alfabetização da população. Alterando, mais uma vez, a escala geográfica de análise, chegamos ao Colégio Pedro II, instituição localizada na área central da cidade do Rio de Janeiro, antigo Distrito Federal, buscando analisá-la a partir de uma dimensão espacializante, principalmente a partir do tripé espaço-espacialidade-centralidade. A ideia de centralidade acaba por manifestar-se de diversas formas, o que foi mostrado a partir da metodologia adotada para este artigo : a análise do jornal A Noite e o Livro de Termos do Colégio Pedro II, equivalente ao atual Livro de Matrículas, são documentos privilegiados e que muito guardam sobre o debate espacial e geográfico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Giam Carmine Cupello Miceli, Universidade Federal Fluminense

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal Fluminense (2009), Pós-Graduação (especialização) em Educação pela Universidade Federal Fluminense (2011) e mestrado em Educação pela Universidade Federal Fluminense (2013-2015). Doutorando em Geografia na Universidade Federal Fluminense (ingresso em 2022) e membro do GERASOES - Geo-grafias escolares, Espaço e Experiências. Professor de Geografia da Secretaria Municipal de Educação de Itaboraí, RJ.

Referências

GASPARELLO, Arlette Medeiros. Construtores de identidade : a pedagogia da nação nos livros didáticos da escola secundária brasileira. São Paulo : Iglu, 2004.

GOMES, Marquiana de Freitas Vilas Boas. Abordagem do envelhecimento da população sob a perspectiva da escala geográfica. In : CAVALCANTI, Lana de Souza ; SANTOS, Leovan Alves (Orgs.). Escala e ensino de Geografia. Goiânia : C&A Alfa Comunicação, 2020.

MICELI, Giam C. C. O processo de espacialização do ensino secundário no estado do Rio de Janeiro (1931-1942): uma análise histórica e geográfica. Dissertação de Mestrado. Niterói : Universidade Federal Fluminense, 2015.

NASCIMENTO, Diego Tarley Ferreira ; SILVA, Luan Carmo da ; BUENO, Miriam Aparecida. Escala e generalização : prerrogativas para o ensino de Geografia. In : CAVALCANTI, Lana de Souza ; SANTOS, Leovan Alves (Orgs.). Escala e ensino de Geografia. Goiânia : C&A Alfa Comunicação, 2020.

SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 4ª ed. São

Paulo: Ed. USP, 2008.

SANTOS, Noronha. As freguesias do Rio Antigo. Rio de Janeiro: Edições o Cruzeiro, 1965.

SANTOS, Beatriz Boclin Marques dos; ANDRADE, Vera Lucia Cabana de Queiroz. Colégio Pedro II: A trajetória de seus uniformes escolares na memória coletiva da cidade. Rio de Janeiro: Mauad, Faperj, 2016.

SOUZA, Marcelo Lopes de. A expulsão do paraíso. O « paradigma da complexidade » e o desenvolvimento sócio-espacial. In : CASTRO, Iná Elias de ; GOMES, Paulo Cesar da Costa ; CORRÊA, Roberto Lobato (Orgs.). Explorações geográficas : percursos no fim do século. 2a ed. Rio de Janeiro : Bertrand Brasil, 2006.

Downloads

Publicado

2024-12-13

Como Citar

Carmine Cupello Miceli, G. (2024). A CENTRALIDADE ESPACIAL DA EDUCAÇÃO ESCOLAR NA DÉCADA DE 1930: O COLEGIO PEDRO II E O CENTRO DO RIO DE JANEIRO . PENSAR GEOGRAFIA, 8(1), e82024013. https://doi.org/10.26704/pgeo.v8i1.6574

Edição

Seção

Dossiê - Espaço, Experiência e Formação em Geografia