Atividade social como trabalho voluntário: perspectivas de engajamento

Autores

  • Sandra Maria Duarte dos Santos Universidade de Taubaté

Palavras-chave:

Ensino de inglês, Atividades Sociais, Voluntariado

Resumo

O presente artigo, recorte de uma dissertação de mestrado em Linguí­stica Aplicada como forma de relato de experiência, discorre sobre a realização de um trabalho voluntário desenvolvido nas aulas de inglês com alunos da 3ª série do ensino médio em uma escola do interior de São Paulo. O problema que motivou o trabalho desenvolvido foi a falta de engajamento dos alunos e o desinteresse pela disciplina inglês, frente í s práticas pedagógicas tradicionais utilizadas pelos professores. Portanto, o objetivo deste relato é refletir acerca da maneira pela qual uma atividade social como trabalho voluntário proporciona o engajamento dos alunos e a ampliação do repertório linguí­stico, bem como novos modos de ser e agir em sociedade. Especificamente, pretende-se discutir sobre quais valores do trabalho voluntário são revelados a partir das marcas linguí­sticas nas vozes dos alunos, de maneira multimodal, por meio do gênero textual Testimonial (relato de experiência). Portanto, este estudo está ancorado nas concepções da Teoria da Atividade Sócio-Histórico-Cultural, na Pedagogia dos Multiletramentos, na Atividade Social e no conceito de Voluntariado. As bases metodológicas que fundamentam este estudo ancoram-se na Pesquisa Crí­tica de Colaboração – PcCol. O corpus que compõe esta pesquisa foi analisado por meio das categorias enunciativas, discursivas e linguí­sticas da linguagem. Os resultados sinalizam que ter participado de uma atividade social como trabalho voluntário propiciou o engajamento da turma por meio da ressignificação das aulas de inglês e possibilitou novos modos de ser e agir em sociedade, além da ampliação do repertório linguí­stico em inglês.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sandra Maria Duarte dos Santos, Universidade de Taubaté

Mestra em Linguí­stica Aplicada pelo Programa de Pós-Graduação em Linguí­stica Aplicada da Universidade de Taubaté.

Referências

AZEVEDO, D. Voluntariado corporativo – motivações para o trabalho voluntário. Universidade Federal de Santa Catarina – Florianópolis/SC – Brasil. Edição especial/dezembro de 2007. Artigo selecionado dos anais – XXVII Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Disponí­vel em: https://bitlybr.com/Anq1. Acesso em : 20 abr. 2019.

BRASIL. Lei do Voluntariado. Lei nº 13.297, de 16 jun. 2016 que altera o art. 1º da lei nº 9.608, de 18 de fevereiro de 1998, para incluir a assistência à pessoa como objetivo de atividade não remunerada reconhecida como serviço voluntário. Diário Oficial da União de 17/06/2016, p. 1; Disponí­vel em: https://bitlybr.com/7Lhp. Acesso em: 20 out. 2019.

BRASIL. Lei do Voluntariado. Lei nº 9.608, de 18 fev. 1998 que dispõe sobre o serviço voluntário e dá outras providências, Diário Oficial da União de 19/02/1998, p. 2; Disponí­vel em: https://bitlybr.com/1OEC8ne. Acesso em: 20 out. 2019.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base nacional comum curricular. Brasí­lia. DF, 2018. Disponí­vel em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br.Acesso em: 14 jun. 2020.

ENGESTRÖM, Y. Activity theory and individual and social transformation. In: ENGESTRÖM, Y.; MIETTINEN, R.; PUNAMÄKI, R. Perspectives on Activity Theory. United States of America: Cambridge University Press, pp. 19-38, 1999.

ESTEFOGO, F. Panorama do ensino de inglês na escola pública do Brasil. São Paulo: British Council, 2019. Disponí­vel em: https://bitlybr.com/rUI3hh. Acesso em: 15 jun.2019.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25 ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

FUGA, V. P.; Damianovic, M. C. A pesquisa crí­tico-colaborativa: por uma educação monista de professores em totalidades. In: Cruz, N.C; Pinheiro, M. J. (Org.). Ensino de Lí­nguas Estrangeiras: contribuições teóricas e de pesquisa. Campina Grande: EDUFCG: editora da Universidade Federal de Campina Grande, 2011, v. 1, pp. 173-201.

GADOTTI, Moacir. Boniteza de um sonho: ensinar e aprender com sentido. São Paulo: Grubhas, 2003. Disponí­vel em: https://bit.ly/2TAunmp Acesso em: 19 ago. 2019.

HOLZMANN, L. Expurgos e cassações, 2019. Disponí­vel em: https://bitlybr.com/RFOdJCuN Acesso em: 15 abr. 2020.

LEONTIEV, A. N. Atividade e Consciência. Tradução do inglês: Marcelo José de Souza e Silva. 20p. Disponí­vel em: https://www.marxists.org/portugues/leontiev/1972/mes/atividade.htm. Acesso em: 30 nov. 2019.

LIBERALI, F. C. Argumentação em Contexto Escolar. Campinas, SP: Pontes Editores, 2018.

LIBERALI, F. C. Atividade Social nas aulas de lí­ngua estrangeira. São Paulo: Moderna, 2009.

MAGALHíES, M. C. C. A linguagem na formação de professores como profissionais reflexivos e crí­ticos. In: MAGALHíES, M. C. C. (org.). A formação do professor como um profissional crí­tico. Campinas: Mercado de Letras, 2004, pp. 59-85.

MAGALHíES, M.C.C. Vygotsky e a pesquisa de intervenção no contexto escolar: Pesquisa Crí­tica de Colaboração - PcCol. In: LIBERALI, Fernanda; MATEUS, Elaine; DAMIANOVIC, Maria Cristina. (Org.). A Teoria da Atividade Sócio-Histórico-Cultural e a escola: recriando realidades sociais. Pontes ed. 2012, p. 13-26.

MARX, K. Manuscritos Econômico-Filosóficos. São Paulo: Boitempo Editorial, 2004.

MARX, K.; ENGELS, F. Manifesto do partido comunista. Porto Alegre: L&PM, 2006.

NEWMAN, F.; HOLZMAN, L.; VYGOTSKY, L. Cientista revolucionário. São Paulo: Loyola, 2014.

REGO, A. Liderança nas organizações: teoria e prática. Aveiro: Universidade de Aveiro, 1998.

ROJO, R.; MOURA, E. (org.). Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.

STETSENKO, A. Darwin and Vygotsky on development: an exegesis on human nature. In: KONTOPODIS, M.; WULF, C.; FICHTNER, B. (org.). Childen, culture and education. New York, NY: Springer, 2011. pp. 25-41.

THE NEW LONDON GROUP. A pedagogy of multiliteracies: designing social futures. The Harvard educational review, v.1, 1996. Disponí­vel em: http://www.sfu.ca/~decaste/newlondon.htm. Acesso em: 02 abr. 2019.

VYGOTSKY, L. S., A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1994.

Downloads

Publicado

2020-12-31

Como Citar

SANTOS, S. M. D. dos. Atividade social como trabalho voluntário: perspectivas de engajamento. COLINEARES, Mossoró, Brasil, v. 7, n. 2, p. 99–120, 2020. Disponível em: https://periodicos.apps.uern.br/index.php/RCOL/article/view/3382. Acesso em: 13 nov. 2024.