SOCIOLINGUÍSTICA VARIACIONISTA NA SALA DE AULA DO ENSINO FUNDAMENTAL ATRAVÉS DO GÊNERO CONTO
Palabras clave:
Variação linguística, Gênero conto, EnsinoResumen
Esse artigo relata uma intervenção realizada como parte de uma pesquisa de dissertação do Mestrado Profissional em Letras (PROFLETRAS, UERN, Campus Mossoró), aplicada numa turma do 6º ano do ensino fundamental de uma escola da zona rural cearense, no ano de 2015. A dissertação realizou-se em três etapas intervencionistas: a primeira delas visava a intervir através de uma atividade abordando a variação diatópica, da qual nos ocuparemos; a segunda, com metodologia semelhante, tratava do continum de monitoramento estilístico e a terceira abordava o preconceito linguístico através da produção de contos. O objetivo da primeira fase da pesquisa foi intervir no grupo considerado, a fim conscientizá-los acerca dessa variável dependente. A concepção de língua como uma realidade heterogênea postulada por Labov (2008) levou teóricos, como Ilari e Basso (2000) e Bagno (2007), a conceituarem a variação regional ou diatópica como um fenômeno variável da língua em virtude das diferenças entre regiões em que se fala a mesma língua. Nossa proposta foi uma atividade de interpretação de um conto de nossa autoria, cujo enredo tratava da variação entre a fala de um menino sertanejo cearense e meninos gaúchos. Contamos com as contribuições teóricas de Bagno (2007), BortoniRicardo (2014), Brasil (1998), Ilari e Basso (2000), Labov (2008), Tarallo (2007), Thiollent (2009) e Weinreich, labov e Hezog (2006). Os resultados obtidos foram satisfatórios, porque, com a intervenção, o conceito de variação linguística foi compreendido, implantando-se na coletividade considerada a conscientização acerca da variação linguística regional.
Descargas
Citas
BAGNO, M. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.
BORTONI-RICARDO, S. M. Manual de Sociolinguística. São Paulo: Contexto, 2014.
ILARI, R.; BASSO, R. O português da gente: a língua que estudamos, a língua que falamos. São Paulo: Contexto, 2006.
LABOV, W. Padrões sociolinguísticos. William Labov; tradução marcos Bagno, Maria Marta Pereira Scherre, Caroline Rodrigues Cardoso.-São Paulo, Parábola Editorial, 2008.
MARCUSCHI, L. Produção textual, análise de gênerose compreensão. 2. ed. São Paulo, Parábola, 2008.
MOLLICA M. C. Fundamentação teórica: conceituação e delimitação. In: MOLLICA, M. C.; BRAGA, Maria Luiza [Orgs.]. Introdução à sociolinguística: o tratamento da variação. 4. ed. reimpressão. São Paulo: Contexto, 2013.
SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.
TARALLO, F. A pesquisa sociolinguística. 8. ed. São Paulo: Ática, 2007.
THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. 17. ed. São Paulo: Cortez, 2009.
TRIPP, D. Pesquisa-ação: uma introdução metodológica. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 3, p. 443-466, set./dez. 2005. Disponível em<http://www.scielo.br/pdf/ep/v31n3/a09v31n3>. Acesso em: 20 nov. 2016.
WEINREICH, U.; LABOV, W. & HERZOG, M. Fundamentos empíricos para uma teoria da mudança linguística. Tradução Marcos Bagno: revisão técnica Carlos Alberto Faraco; Posfácio Maria da Conceição A. de Paiva, Maria Eugênia Lamoglia Duarte. São Paulo: Parábola Editorial, 2006.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2017 Marcílio José Ferreira Nunes, Gilson Chicon Alves
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.