A construção do sujeito trans nas vozes sociais que atravessam o discurso médico em "A garota dinamarquesa"
DOI:
https://doi.org/10.22297/2316-17952020v09e02014Palavras-chave:
Análise Dialógica do Discurso, Sujeito trans, Vozes sociaisResumo
Este artigo analisa a construção do sujeito trans no filme "A garota dinamarquesa" (2015), de Tom Hopper, a partir das várias vozes sociais que atravessam o discurso médico nele presente. Nossas discussões estão ancoradas nos pressupostos da Análise Dialógica do Discurso (ADD), centrada nos trabalhos de Mikhail Bakhtin e seus comentadores, mobilizando, sobretudo, a noção-conceito de "vozes sociais", e nos estudos sobre gênero e sexualidade de Butler (2000), Louro (2001) e outros interlocutores. A metodologia utilizada é de cunho qualitativo, de natureza descritiva e interpretativa, assentada na proposta bakhtiniana de análise dialógica de enunciados, o que significa estabelecer relações com as discussões teóricas que situam a sexualidade na história. Concluímos que os embates entre as vozes sociais que atravessam o discurso médico presentes no filme constroem o sujeito trans em trajetos ambivalentes, que concorrem ou para a negação e tratamento da identidade de gênero ou para a sua aceitação e ajustamento ao desejo.
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