O uso de modalizadores epistêmicos no gênero comentário online
Palavras-chave:
Modalidade epistêmica, Comentário, ConhecimentoResumo
Partindo da afirmação de Neves (2010) de que todos os enunciados são modalizados, marcados pelo falante, questionamos como é possível a partir da materialidade textual identificar as marcas enunciativas do locutor acerca do seu ponto de vista sobre o dito. O objetivo desse artigo é analisar as marcas linguísticas que explicitam os graus e os modos de expressão da modalidade no eixo do conhecimento (epistêmica) na produção de comentários on-line sobre notícias. A modalidade epistêmica caracteriza no discurso o saber ou a crença do falante em relação ao que é dito, qualifica o grau de comprometimento do falante em relação a esse dito. Na modalização epistêmica, o locutor pode se manifestar de forma subjetiva, apontando para uma verdade relativa í s suas crenças e opiniões, manifestando-se em primeira pessoa, ou de forma objetiva, apontando para um continuum de possibilidades/verdades que são socialmente compartilhadas. A modalização epistêmica pode se situar num continuum que vai de um extremo de verdade absoluta à noção de possibilidade. O corpus escolhido para a análise é constituído de comentários acerca de notícias divulgadas no jornal Meio Norte sobre o assassinato da jovem Fernanda Larges em Teresina-PI. Para uma maior consistência teórica, além da autora já citada, fizemos uso de Cervoni (1989); Lima (2010); Neves (1996). A pesquisa, dentre outras coisas, nos possibilitou perceber que no gênero comentário temos uma grande ocorrência de modalizadores epistêmicos que visam explicitar a crença do falante diante do que enuncia.
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Referências
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