A reescrita da oralidade nos manuais de redação jornalí­stica: uma visada discursiva

Autores

  • Phellipe Marcel da Silva Esteves Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Palavras-chave:

Manuais de redação jornalí­stica, Lí­ngua imaginária, Análise do discurso

Resumo

Este artigo, escrito sob a orientação teórica da Análise do Discurso materialista (Pêcheux) e com contribuições da História das Ideias Linguí­sticas (Auroux), discutirá o modo como três manuais de redação jornalí­stica brasileiros (da Folha de S. Paulo, d"™O Globo e d"™O Dia) produzem efeitos de sentido sobre desvio linguí­stico, classe social, sujeito e lí­ngua. Para isso, também incluí­mos como arquivo de análise, uma gramática de ní­vel superior de ampla circulação (BECHARA, 2005 [1999]) e um livro-reportagem (BARCELLOS, 2003). A partir de sequências extraí­das dessas materialidades, principalmente sobre a transcrição da fala para o registro escrito, pretendemos refletir sobre como determinados sujeitos vão sendo significados, e de que modo as diretrizes dos manuais de redação jornalí­stica vão para além do jornalismo, afetando também sujeitos que leem produtos editoriais matricizados pelos manuais. Uma das nossas conclusões é que esses sentidos afetam, por exemplo, sujeitos em idade escolar, inscrevendo, na memória do discurso, gestos de interpretação que podem acabar sendo adotados em procedimentos textuais como a retextualização.

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Publicado

2017-12-05

Como Citar

ESTEVES, P. M. da S. . A reescrita da oralidade nos manuais de redação jornalí­stica: uma visada discursiva. Diálogo das Letras, [S. l.], v. 6, n. 02, p. 247–263, 2017. Disponível em: https://periodicos.apps.uern.br/index.php/DDL/article/view/1045. Acesso em: 5 nov. 2024.