A reescrita da oralidade nos manuais de redação jornalística: uma visada discursiva
Palavras-chave:
Manuais de redação jornalística, Língua imaginária, Análise do discursoResumo
Este artigo, escrito sob a orientação teórica da Análise do Discurso materialista (Pêcheux) e com contribuições da História das Ideias Linguísticas (Auroux), discutirá o modo como três manuais de redação jornalística brasileiros (da Folha de S. Paulo, d"™O Globo e d"™O Dia) produzem efeitos de sentido sobre desvio linguístico, classe social, sujeito e língua. Para isso, também incluímos como arquivo de análise, uma gramática de nível superior de ampla circulação (BECHARA, 2005 [1999]) e um livro-reportagem (BARCELLOS, 2003). A partir de sequências extraídas dessas materialidades, principalmente sobre a transcrição da fala para o registro escrito, pretendemos refletir sobre como determinados sujeitos vão sendo significados, e de que modo as diretrizes dos manuais de redação jornalística vão para além do jornalismo, afetando também sujeitos que leem produtos editoriais matricizados pelos manuais. Uma das nossas conclusões é que esses sentidos afetam, por exemplo, sujeitos em idade escolar, inscrevendo, na memória do discurso, gestos de interpretação que podem acabar sendo adotados em procedimentos textuais como a retextualização.Downloads
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