Entre escrituras e reescrituras: o papel da correção textual-interativa no curso de redação do projeto CLAC

Autores

  • Mônica Tavares Orsini
  • Anna Beatriz Cavalcante de Melo da Cruz
  • Andrei Ferreira de Carvalhaes Pinheiro
  • Matheus Costa da Silva

Palavras-chave:

Redação, Correção textual-interativa, Ensino.

Resumo

O presente artigo tem como objetivo comprovar a tese de que a correção do tipo textual-interativa ativa no aluno reescrituras textuais de melhor qualidade, tornando o ensino de redação mais produtivo e eficiente. Por meio da análise quantitativa e qualitativa de uma atividade de reescritura realizada por alunos do primeiro módulo do Curso de Redação do Projeto CLAC, o trabalho discute o impacto que os comentários feitos pelos monitores acerca do mecanismo da coesão textual exercem sobre a reescritura feita pelos alunos. Nossa proposta se baseia em Ruiz (2013), que investiga os reflexos dos diferentes tipos de correção no processo de ensino-aprendizagem da produção textual. Os resultados aqui apresentados evidenciam que a correção textual-interativa é um método de ensino extremamente satisfatório não só por fazer com que o aluno tenha informações concretas acerca dos "problemas" do seu texto, mas também por convidá-lo a fazer alterações no texto de partida, incorporando na sua rotina de produtor de textos as ações de revisar e reescrever suas produções. Pretendemos, assim, incrementar a discussão acerca do papel da correção no ensino de redação, entendendo-a não como uma prática meramente avaliativa, mas como uma opção metodológica de ensino-aprendizagem.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ANTUNES, I. Avaliação da produção textual no ensino médio. In: BUNZEN, C.; MENDONÇA, M. (Orgs.). Português no ensino médio e formação do professor. São Paulo: Parábola, 2006, p. 163-180.

BAGNO, M. Gramática, pra que te quero? Os conhecimentos linguí­sticos nos livros didáticos de português. Curitiba: Aymará, 2010.

ELIAS, V. E. (org.). Ensino de lí­ngua portuguesa: oralidade, escrita e leitura. São Paulo: Contexto, 2014.

FARACO, C. A.; ZILLES, A. M. S. (Orgs.). Pedagogia da variação linguí­stica: lí­ngua, diversidade e ensino. São Paulo: Parábola, 2015.

FIGUEIREDO, L. C. A redação pelo parágrafo. Brasí­lia: Editora da UnB, 1998.

FRANCHI, C. Criatividade e gramática. In: FRANCHI, C.; NEGRíO, E. V.; MÜLLER, A. L. (Orgs.). Mas o que é mesmo "gramática"? São Paulo: Parábola Editorial, 2006, p. 34-101.

GARCIA, O. M. Comunicação em prosa moderna. 24. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004.

KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e compreender: os sentidos do texto. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2006.

______. Ler e escrever: estratégias de produção textual. São Paulo: Contexto, 2009.

MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008.

MARTINS, M. A.; VIEIRA, S. R.; TAVARES, M. A. Ensino de português e Sociolinguí­stica. São Paulo: Contexto, 2014.

RUIZ, E. D. Como corrigir redações na escola: uma proposta textual-interativa. 1. ed. 2ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2013.

VIEIRA, S. R.; BRANDíO, S. F. Ensino de gramática: descrição e uso. São Paulo: Contexto, 2007.

Downloads

Publicado

2017-06-05

Como Citar

ORSINI, M. T.; CRUZ, A. B. C. de M. da .; PINHEIRO, A. F. de C. .; SILVA, M. C. da . Entre escrituras e reescrituras: o papel da correção textual-interativa no curso de redação do projeto CLAC. Diálogo das Letras, [S. l.], v. 6, n. 1, p. 112–126, 2017. Disponível em: https://periodicos.apps.uern.br/index.php/DDL/article/view/875. Acesso em: 27 dez. 2024.