Discursos e argumentação em memórias que constituem o açude público 25 de Março
DOI:
https://doi.org/10.22297/DL.V6I2.2689Palavras-chave:
Discurso e argumentação, Memórias, Açude 25 de MarçoResumo
Este artigo tem por objetivo analisar discursos sobre o Açude 25 de Março, produzidos por trabalhadores do século XX, em entrevistas, nas quais eles tratam de experiências de vida, de trabalho e de lazer, vinculando-as ao açude em questão, que é localizado no bairro Riacho do Meio, em Pau dos Ferros, cuja construção foi iniciada na época do império. A fundamentação teórica tem como base os estudos sobre memória coletiva e individual (HALBWACHS, 1990) e sobre argumentação retórica (PERELMAN; OLBRESCHTS-TYTECA, 2014). Para tanto, constituiu-se o corpus desta pesquisa por excertos de discursos de dois trabalhadores e de quatro trabalhadoras, todos com mais de 70 anos de idade, e que residiam í s margens do Açude 25 de Março, em meados do século XX. O artigo está amparado em pesquisa de campo e documental, com estudo de corpus, observando como as memórias individuais e coletivas sobre o Açude 25 de Março são construídas e como os oradores (entrevistados) utilizam os recursos de presença na construção da argumentação em seus discursos. Nas entrevistas analisadas, os resultados dão ênfase í s atividades realizadas por esses trabalhadores e aos modos de vida de meados do século XX, nas localidades próximas ao Açude 25 de Março e ao bairro Riacho do Meio, cujas vidas são constituídas e se misturam com as histórias do bairro e do próprio açude.Downloads
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