A errância da história: hiância, movência e contingência no funcionamento do discurso
DOI :
https://doi.org/10.22297/2316-17952022v11e02229Mots-clés :
Pêcheux, História, ErrânciaRésumé
Fundamentado na Análise do Discurso de Michel Pêcheux (2008; 2009) e na Epistemologia da Errância (ALMEIDA, 2019), este artigo tem por objetivo teorizar a respeito das noções de errância, sedentarização e erro no funcionamento da história e da memória discursiva. Ora, o conceito de errância tem que ver com a movência contingente, fundamental e incorrigível que produz deslocamentos tanto na base linguística quanto nos processos discursivos; o termo sedentarização, por outro lado, diz respeito ao enraizamento e estabelecimento de muros, é controle, administração, apoucamento, repetição e acúmulo de sentidos. Dessa forma, importa a este texto analisar certos efeitos da sedentarização histórica da significação na contemporaneidade. Metodologicamente, este texto se pautará predominantemente na obra Discurso: Estrutura ou Acontecimento (PÊCHEUX, 2008), analisando os efeitos do discurso logicamente estabilizado, produzido por sujeitos do discurso que Pêcheux chama de “especialistas”. Finalmente, proporemos uma maneira outra de produção e circulação dos saberes históricos, a saber, a Epistemologia da Errância.
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