Algumas considerações sobre memorial de leitura e a constituição do ethos discursivo na formação inicial do professor de lí­ngua portuguesa

Autores

  • Sandro Luis Silva Universidade Federal de São Paulo (NIFESP)

Palavras-chave:

Escrita, Leitura, Memorial, Ethos discursivo

Resumo

Este texto apresenta os resultados preliminares de uma pesquisa, cujo objetivo é a análise de memorial de leitura/formação, produzidos por alunos do primeiro perí­odo do curso de Licenciatura em Letras, durante as aulas de Leitura e Produção Textual, em uma universidade pública em São Paulo, considerando os elementos linguí­sticos que remetam à constituição do ethos discursivo. Numa abordagem qualitativa, trazemos, neste artigo, a análise de três memoriais (escolhidos aleatoriamente), valendo-nos dos estudos de Koch & Elias (2007, 2008), e em Marcuschi (2001) em relação à leitura e à escrita, em Schneuwly & Dolz (2004) e Maingueneau (2002) quanto aos gêneros discursivos, Charaudeau e Maingueneau (2004), Amossy (2004) e Maingueneau (2008) no que se refere ao ethos discursivo. Observou-se que os alunos apresentaram um olhar crí­tico não só para o processo de leitura, como também a própria produção textual, evidenciando a necessidade de estratégias de ensino de leitura e escrita na escola básica, que os leve ao desenvolvimento da competência comunicativa.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ABRAHíO, M. H. B. As narrativas de si ressignificadas pelo emprego do método autobiográfico in SOUZA, E. C., ABRAHíO, M. H. B. (orgs.). Tempos, narrativas e ficções: a invenção de si. Porto Alegre: EDIPUCRS / Salvador: EDUNEB, 2006, p. 149-170.

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. Trad. Maria Ermantina G.G. Pereira. SP: Martins Fontes,2003 [1997].

ARCOVERDE, M. D. L. e ARCOVERDE, R. D. L. Produzindo gêneros textuais: o memorial. Campina Grande/Natal: Editora da UFRN, 2007.

BATISTA, A. A. G. A leitura incerta: a relação de professores(as) de Português com a leitura. Educação em revista. Belo Horizonte: 1997.

BOURDIEU, P. A reprodução. Rio de Janeiro: Vozes, 1975.

CERTEAU, M. A invenção do cotidiano. 1. Artes de fazer. 13. ed. São Paulo: Vozes, 2007.

CHARAUDEU, P. & MAINGUENEAU, D. Dicionário de análise do discurso. São Paulo: Contexto, 2004.

GNERRE, M. Linguagem, escrita e poder. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

KOCH, I. V. & ELIAS, V. Ler e escrever: estratégias de produção textual. São Paulo: Contexto, 2009.

LAJOLO, M. O texto não é pretexto. In: ZILBERMAN, R. (org.). Leitura em crise na escola: alternativas do professor. 8. Ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1988.

MAINGUENEAU, D. Análise de textos de comunicação. São Paulo: Cortez, 2002.

______. A propósito do ethos. In: MOTTA, A. R.; SALGADO, L. (Orgs.). Ethos discursivo. São Paulo: Contexto, 2008.

MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONISIO, A. P; MACHADO, A. R & BEZERRA, M. A. Gêneros textuais e ensino. 3. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.

PRADO, G e SOLIGO, R. Memorial de formação: quando as memórias narram a história da formação... In: PRADO, G. e SOLIGO, R. (Orgs.). Porque escrever é fazer história: revelações, subversões, superações. Campinas: GRAF, 2005.

SCHNEUWLY, B. e DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola. Trad. Roxane Rojo e Glais S. Cordeiro. Campinas: Mercado de Letras, 2004.

SOARES, M. Metamemória, memórias: travessia de uma educadora. São Paulo: Cortez, 1991.

Downloads

Publicado

2014-12-05

Como Citar

SILVA, S. L. . Algumas considerações sobre memorial de leitura e a constituição do ethos discursivo na formação inicial do professor de lí­ngua portuguesa. Diálogo das Letras, [S. l.], v. 3, n. 2, p. 05–22, 2014. Disponível em: https://periodicos.apps.uern.br/index.php/DDL/article/view/1359. Acesso em: 27 dez. 2024.