Ideologia e alteridade nos discursos sobre a liberalização do aborto no Brasil

Autores

  • Jaqueline Coêlho Suassuna Instituto Federal de Brasí­lia (IFB)

Palavras-chave:

Aborto, Polí­tica, Análise de Discurso Crí­tica

Resumo

Este artigo busca identificar e analisar os elementos que sinalizam e esclarecem a relação entre os diferentes grupos envolvidos no debate sobre a liberalização do aborto no Brasil e sobre o discurso como instrumento de poder nessa relação. Este artigo questiona como a organização desse discurso está relacionada com o contexto social, considerando a relação próxima a sistemas semióticos, e é embasado pela Gramática Sistêmico-Funcional. É importante investigar quais significados são construí­dos pela linguagem e como as estruturas lexicais são utilizadas para estabelecer, manter e transformar as práticas sociais pelo discurso e pelos gêneros sociais presentes na sociedade como um todo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BOURDIEU, P. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.

BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurí­dicos. Decreto lei n. 2.848 (Código Penal), de 7 de dezembro de 1940. Disponí­vel em: www.planalto.gov.br/ccivil Acesso em: 21 de agosto de 2016.

CÂMARA FEDERAL. Comissão de Seguridade Social e Famí­lia. Projeto de Lei n. 478 (Dispõe sobre o Estatuto do Nascituro e dá outras providências) de 2007.

CUNHA, M. N. O lugar das mí­dias no processo de construção imaginária do "inimigo" no caso Marco Feliciano. PPGCOM – ESPM, comunicação mí­dia e consumo, ano 10, vol.10 n.29, p.51-74 set/dez. 2013.

ERUNDINA, Luiza. Indignação da oradora com a aprovação, pela Comissão de Finanças e Tributação, do projeto lei sobre a criação do Estatuto do Nascituro. Diário da Câmara dos Deputados, Brasí­lia-DF, República Federativa do Brasil, ano LXVIII, n. 96, p. 22138-22139, 6 de junho de 2013.

FAIRCLOUGH, N. Critical discourse analysis: the critical study of language. Londres e Nova Iorque: Longman, 1995.

FOUCAULT, M. A ordem do discurso. São Paulo: Edições Loyola, 2012.

KOKAY, Erika. Realização da reforma polí­tica e outros assuntos. Diário da Câmara dos Deputados, Brasí­lia-DF, República Federativa do Brasil, ano LXVIII, n. 131, p. 32402-32406, 6 de agosto de 2013.

LIPSON, M. Exploring Functional Grammar. Bologna: 2004.

MAGALHíES, I. Introdução: a análise do discurso crí­tica. D.E.L.T.A., 21, Especial, p. 1-9, 2003.

PATARRA, I. O governo Luiza Erundina: Cronologia de quatro anos de administração do PT na cidade de São Paulo 1989-1992. São Paulo: Geração Editorial, 1996.

RAMALHO, V.; RESENDE, V. M. Análise do discurso (para a) crí­tica: o texto como material de pesquisa. Campinas: Pontes Editores, 2011.

SCHUTZ, A. Scheler"™s Theory of Intersubjectivity and the General Thesis of the Alter Ego. In: SCHUTZ, A.; NATANSON, M. A. Collected papers. The hague: M Nijhoff, 1967.

SENADO FEDERAL. Projeto de lei do Senado n. 236 (Reforma do Código Penal Brasileiro) de 2013.

THOMPSON, J. B. Ideologia e cultura moderna: teoria social crí­tica na era dos meios de comunicação de massa. Petrópolis: Vozes, 2011.

VAN LEEUWEN, T. Discourse and practice. New tools for Critical Discourse Analysis. Nova Iorque: Oxford University Press, 2008.

Downloads

Publicado

2016-06-10

Como Citar

SUASSUNA, J. C. . Ideologia e alteridade nos discursos sobre a liberalização do aborto no Brasil. Diálogo das Letras, [S. l.], v. 5, n. 1, p. 283–297, 2016. Disponível em: https://periodicos.apps.uern.br/index.php/DDL/article/view/1446. Acesso em: 23 nov. 2024.