A reescrita de textos na sala de aula: uma abordagem dos direcionamentos do livro didático de língua portuguesa
DOI:
https://doi.org/10.22297/2316-17952025v14e02523Palavras-chave:
Livro didático, Processo de escrita, Autoavaliação, ReescritaResumo
É crescente a ênfase que os estudiosos têm determinado para o processo de escrita com foco na escolarização dos gêneros textuais. Nesse processo, coexistem várias etapas, as quais se somam de modo que uma torna-se dependente da outra na construção do texto. Em virtude do exposto, objetivamos investigar a etapa direcionada à autoavaliação e à reelaboração textual, procurando focalizar como o livro didático de Língua Portuguesa orienta o aluno para a prática em pauta. A metodologia se fundamenta nas considerações da pesquisa de natureza documental (Gil, 1989). Para tanto, lançamos mão de duas propostas de produção escrita apresentadas no exemplar do 6º ano, da coleção de livros didáticos intitulada “Português: conexão e uso” de Delmanto e Carvalho (2018). Os conceitos teóricos adotados estão firmados nos dizeres de Gasparotto e Menegassi (2013), Passarelli (2004), Paz (2010), Reinaldo (2003), Acorverde e Arcoverde (2007), Ruiz (2010), Serafine (2003), dentre outros. Além desses embasamentos, apoiamo-nos nos direcionamentos dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa (PCN) e da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). As conclusões sinalizam que as propostas em estudo, sobretudo no que diz respeito à fase da autocorreção dos textos, devem ser reinventadas, para que de fato cumpram com a finalidade estabelecida, que é apoiar o aluno na revisão e reelaboração de seus textos.
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