Argumentação e hipermodalidade: um caminho para a seleção e a elaboração de material hipermodal no contexto de ensino mediado por computador

Authors

  • Gisella Meneguelli Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Keywords:

Hipermodalidade, Argumentação, Material didático

Abstract

O objetivo deste artigo é investigar a produção de novas formas de significação nas atividades de ensino-aprendizagem provocada pela combinação de linguagens em ambiente digital. Mais detalhadamente, busca-se investigar o uso da hipermodalidade a partir das linguagens identificadas nas atividades didáticas propostas na disciplina de um curso a distância. O aporte teórico desta análise vem das contribuições de Lemke (2002a, 2002b) sobre hipermodalidade e de Vieira (2003) sobre teoria da argumentação. Intenciono compreender como diferentes modalidades de linguagem, ao serem integradas pelo recurso da hipermodalidade, podem facilitar o processo de aprendizagem, indicando, pois, caminhos mais eficientes para orientar professores na elaboração e na avaliação de material didático hipermí­dia.

Downloads

Download data is not yet available.

References

BARBISAN, L. B. O conceito de enunciação em Benveniste e em Ducrot. Revista Letras, Santa Maria, RS, n. 33, p. 23-35, 2006.

BRAGA, D. B. A comunicação interativa em ambiente hipermí­dia: as vantagens da hipermodalidade para o aprendizado no meio digital. In: MARCUSCHI, L. A.; XAVIER, A. C. S. (Orgs.). Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de construção do sentido. Rio de Janeiro: Cortez, 2010, p. 175-197.

______. Hipertexto: questões de produção e de leitura. Revista Estudos Linguí­sticos, Campinas, XXXIV, p. 756-761, 2005.

BUZATO, M. E. K. Entre a fronteira e a periferia: linguagem e letramento na inclusão digital, 2007. 284f. Tese (Doutorado em Linguí­stica Aplicada). Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2007. Disponí­vel em: <http://libdigi.unicamp.br/document/?down=vtls000415042>. Acesso em: 6 mar. 2010.

CAVALCANTE, M. C. B. Mapeamento e produção de sentido: os links no hipertexto. In: MARCUSCHI, L. A.; XAVIER, A. C. S. (Orgs.). Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de construção do sentido. Rio de Janeiro: Cortez, 2010, p.198-206.

DONDIS, A. D. Sintaxe da Linguagem Visual. Trad. Jefferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

DUCROT, O. Argumentação Retórica e Argumentação Linguí­stica. Letras de Hoje, v. 4. n.1, p. 20-25, 2009.

ECO, U. Signo. Barcelona: Ed. Labor, 1988.

EEMEREN, F. H. van et al. Argumentation. In: DIJK, T. A. van. (Ed.). Discourse as structure and process. London: Sage Publications, 1997, p. 208-229.

GOMES, L. F. Hipertextos multimodais: leitura e escrita na era digital. Jundiaí­: Paco Editorial, 2010.

HALLIDAY, M. A. K. Language as a Social Semiotic. London: Longman, 1978.

______. An Introduction to Functional Grammar. 2nd edn. London: Arnold, 1994.

ISTRATE, O. Visual and pedagogical design of eLearning content. eLearning Papers, Barcelona, n, 17, p. 1-12, December 2009.

KOCH, I. V. Argumentação e Linguagem. São Paulo: Cortez, 2009.

KRESS, G. Visual and verbal modes of representation in electronically mediated communication: The potentials of new forms of text. In: SNYDER, I. (ed.). Page to screen: Taking literacy into the electronic era. London, New York: Routledge, 1997, p. 53-79.

_____. Front Pages The (Critical) Analysis of Newspapper Layout. In: BELL, A. and GARRET, P. (Eds.) Approaches to Media Discourse. London: Blackwell, 1998, p. 186-219.

______;VAN LEEUWEN, T. Reading Images: the Grammar of Visual Design. London: Routledge, 1996.

LEMKE, Jay. Multiplying Meaning: Visual and Verbal Semiotics in Scientific Text. In: J. R. Martin & R. Veel, Eds. Reading Science. London: Routledge, 1998, p.87-113.

______. Travels in the Hypermodality: Visual Communication. London, v. 1(3), 2002a, p. 299-325.

_____. Multimedia Genres for Scientific Education and Science Literacy. In: M. J. Schleppegrell & C. Colombi, Eds. Developing Advanced Literacy in First and Second Languages. Erlbaum, 2002b, p .21-44.

Disponí­vel em: http://www.jaylemke.com/storage/MultimediaGenres-Science-2002.pdf. Acesso em: 14 mar. 2011.

MANOVICH, L. The language of new media. Cambridge: MIT Press, 2001.

OLIVEIRA, S. Texto visual e leitura crí­tica: o dito, o omitido, o sugerido. Linguagem e Ensino, Pelotas, vol. 9, n.1, p.15-39, jan/jun. 2006.

SANTAELLA, L. Navegar no ciberespaço: o perfil do leitor imersivo. São Paulo: Paullus, 2004.

SCHIFFRIN, D. Discourse markers. Cambridge: Cambridge University Press, 1987.

SNYDER, I. (ed.). Page to screen: Taking literacy into the electronic era. London, New York: Routledge, 1997.

VIEIRA, A. T. Movimentos argumentativos em uma entrevista televisiva: uma abordagem discursivo-internacional. Juiz de Fora: Clio Edições Eletrônicas, 2003.

XAVIER, A.C. Leitura, texto e hipertexto. In: Marcuschi, L. A.; XAVIER, A.C. (Orgs.). Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de construção do sentido. São Paulo: Cortez, 2010, p. 207-220.

Published

2016-12-05

How to Cite

MENEGUELLI, G. . Argumentação e hipermodalidade: um caminho para a seleção e a elaboração de material hipermodal no contexto de ensino mediado por computador. Diálogo das Letras, [S. l.], v. 5, n. 2, p. 68–91, 2016. Disponível em: https://periodicos.apps.uern.br/index.php/DDL/article/view/1487. Acesso em: 21 nov. 2024.