A leitura na sala de aula: entre a unidade e a dispersão dos sentidos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22297/2316-17952020v09e02021

Palavras-chave:

Ensino, Leitura, Escrita

Resumo

Neste artigo, inscritos na Análise de Discurso, analisamos as respostas escritas de alunos do nono ano da Educação Básica a uma atividade de interpretação de texto. Essas respostas integram um conjunto de aulas nas quais o professor abordou o tópico argumentação, valendo-se de um artigo de opinião. Recortamos, para análise, as respostas formuladas para duas questões: uma sobre qual seria o ponto de vista defendido pelo autor e outra sobre identificar dois argumentos do texto lido. Nossa inscrição teórica exige outro olhar para esse processo de formulação escrita: a escrita, como um processo de sintagmatização das palavras na sintaxe da lí­ngua, por se inscrever na historicidade do(s) sentido(s), está ancorada em gestos de leitura empreendidos na e pela posição sujeito-leitor. Há um ritual de interpelação, evidenciando processos de individuação dos alunos em sujeito-leitor. Esses processos possibilitam pensar em um certo modo de o aluno estar em sala de aula. A análise mostra prevalência de formulações inscritas na repetição empí­rica e formal (ORLANDI, 1996), indiciando uma prática de cópia fragmentada. Os processos de subjetivação em jogo apagam o trabalho do aluno com a lí­ngua escrita, não evidenciando, de certo modo, sua inscrição em uma repetição histórica (ORLANDI, 1996).

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Publicado

2020-09-29

Como Citar

AGUSTINI , C. .; LEITE , J. de D. .; M. COSTA, T. . A leitura na sala de aula: entre a unidade e a dispersão dos sentidos. Diálogo das Letras, [S. l.], v. 9, p. e02021, 2020. DOI: 10.22297/2316-17952020v09e02021. Disponível em: https://periodicos.apps.uern.br/index.php/DDL/article/view/2490. Acesso em: 5 nov. 2024.

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