Ensino de literatura brasileira: investigando concepções de professores da rede estadual de Pernambuco sobre orientações e documentos curriculares oficiais
Palavras-chave:
Literatura-ensino, Documentos curriculares, Saberes docentesResumo
Há cerca de 40 anos, os estudos linguísticos passaram a conceber a linguagem como interação social. Isso implicou modificações no ensino de língua e literatura, levando ao questionamento da divisão rígida historicamente operada entre elas (CHIAPPINI, 2006). Ademais, a literatura tem sido vista como poderoso
instrumento de formação humana, fruição estética e compreensão do humano, o que justifica sua inserção nos currículos (CANDIDO, 2012). Em Pernambuco, os professores da rede pública dispõem de uma proposta curricular oficial (Base Curricular Comum - BCC), que contém conceitos e orientações para a prática docente, sem prejuízo da autonomia das escolas. Além dela, existem as OTM (Orientações Teórico-metodológicas), com sugestões de atividades e rocedimentos adequados aos conceitos dispostos na base. Como esses documentos servem de principal referência à elaboração dos currículos escolares, objetivamos, de acordo com Cosson (2006) e Ferreira (2007), investigar os posicionamentos dos professores da Rede Estadual de PE frente à BCC e í s OTM, no que tange ao ensino de literatura. Para tanto, realizamos entrevistas semiestruturadas com 2 professores de uma escola de referência e 1 de uma escola convencional. A análise dos dados indicou que os entrevistados têm conhecimento das propostas curriculares, julgam-nas relevantes e ressaltam a necessidade de uma formação que forneça sugestões metodológicas específicas para o ensino de literatura. Diante disso, julgamos necessária uma formação continuada que forneça subsídios à prática docente e ressaltamos a relevância de se estabelecer um diálogo maior entre as escolas e universidades, a fim de avaliarmos, (re)criarmos o currículo pensado e vivido.
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